05 janeiro 2011

Em fase Fénix




















O poeta persa sufista Farid al-Din Attar, descreve a fênix:

"Na Índia vive um pássaro que é único: a encantadora fênix
tem um bico extraordinariamente longo e muito duro,
perfurado com uma centena de orifícios, como uma flauta.
Cada abertura em seu bico produz um som diferente,
e cada um desses sons revela um segredo particular, subtil
e profundo.
Quando ela faz ouvir essas notas plangentes, os pássaros
e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em
êxtase; depois todos silenciam.
Foi desse canto que um sábio aprendeu a ciência da música.

A fênix vive isolada e conhece de antemão a hora da sua morte.
Quando ela sente aproximar-se o momento de retirar o seu
coração do mundo, e todos os indícios lhe confirmam que deve
partir, constrói uma pira reunindo ao redor de si lenha e folhas.
No meio das folhas entoa tristes melodias. Enquanto canta,
a amarga dor da morte penetra no seu íntimo e ela treme
como uma folha.

Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate
as suas asas e agita as suas plumas, e deste movimento se
produz um fogo que se espalha rapidamente para folhagens
e madeira, que ardem agradavelmente.
Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e então cinzas.
Porém, quando a pira foi consumida e a última centelha se
extingue, uma pequena fênix desperta do leito de cinzas..."

2 comentários:

vanessa disse...

e ela nunca morre :)
viva viva
fiz um poeminha a muitos anos e ele se chama: fenix desorientada.

fenix desorientada
a la bamba
na corda bamba
aterrorizada

piuuuuuuu e canto
porque já sei
se eu cair viverei
e
se eu voar também
porque o amor encontrei
e o medo dispensei.

piuuuuuu para viver
sonho para acordar
tento tentar entender
onde vim parar!!!!

lálálalaaaaaaaa

:)

beijo joana*

Anónimo disse...

Adorei!
:) quer-me parecer que temos algumas afinidades...
Sempre me identifiquei com a fénix...

Considero-me uma eterna fénix sempre a renascer das cinzas...
Nada poderia ser mais idêntico...
Bjoka doce...
Su Farias