27 setembro 2011

PaLHaÇo



À noite, as tintas derretem-se pela face
e assim pinto as lágrimas de amarelo, laranja, azul...
Ou até mesmo de prateado
quando o vento sopra lá fora.

Nascem-me rugas do grito disfarçado
em riso colado de vermelho e branco.

Aprendi a caminhar aos tropeções
sem saber onde ponho os pés.

Perpetuam-se aquelas linhas
que não se apagam mais
por mais que se remende o fato de palhaço.

Aprendi a ser o desastrado-mor
e a fazer rir os patrões.

O palhaço é burro,
O palhaço é cómico.
O palhaço não é ninguém.

Na verdade...
Sou tudo aquilo que vocês
têm vergonha de admitir.
Sou tudo aquilo que vocês 
pretendem esconder.

É tão mais fáci olhar o relógio e ir embora,
do que enfrentar um espelho pintado
da vossa condição humana.

a clown smile... ;o)

Sem comentários: