19 março 2009

uniVerso

Poema com Cor

À medida que ía percorrendo o círculo de pessoas
recitava o poema e, quando mencionava a cor,
deixava-vos uma marca de tinta na face *


Poema

Mesas que vão ficando vazias
o tumulto do ser
em palavras de álcool
golos de sofreguidão
laranja...

Lembranças de um tempo
que não voltará
saudades dos sonhos
azul...

Conversas distantes
em torno de um astro perdido
que gira
em amarelo-ácido...

Palavras sussurradas
na memória gasta pela dor
verde...

Olhos negros em paredes de cal
sangue escorrendo
vermelho...

A espera
em vão...


Poema que escrevi em 2002
no café Sambambaia (Coimbra)

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