18 novembro 2008

Gaveta de Memórias




















Na fonte deitou-se a água
a pingar.
No monte perdeu-se o vento
a uivar.
No escuro da rua
trocadilhos sussurrei.
No meu vestido molhado
urzes de algodão guardei.
E, nas tuas cicatrizes,
uma constelação deixei.





















Só nada sabe
quem não sente.




















Neste lugar de terra nenhuma
perco-me nas ruas do pensamento.





















Colho os amendoins que deixaste
espalhados pelo chão...





















Passaste em meus pensamentos
como quem colhe tulipas.

























Constróis jardins suspensos
em castelos de areia e vento.

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